Paraíso

Visão do Paraíso
Caminhou descalça e devagar
Para não assustar a natureza
Gostava da aventura
E do prazer que ela proporciona

Ficou quieta para ouvir os sons
Que invadiam, atrevidamente, a sua alma
Sol intenso
Gosto interminável de sal

A água a molhar seus pés, delicadamente
Parecia molhar seu corpo inteiro
Pensou em escrever um poema
Como uma lágrima

Viajou magicamente
Por mares
Cores
E flores

Caminhou bêbada e louca
E se sentiu bela

Não sabia se era a música
Os bichos
Os índios
Os sons
As vozes
O gesto

Era preciso silêncio

A visão era do paraíso
Mas o cheiro
Definitivamente
Não era o da papaia
Mas o gosto era.

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